Igreja Nacional

do Senhor Jesus Cristo

em São José dos Campos

Nossa História - INSEJEC SJC

Nossa História

RESENHA HISTÓRIA DA INSEJEC
(Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo)

Aos 16 anos, após a morte da missionária Margarida de Aguiar Natividade, da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, no dia em que completou 33 anos, uma adolescente chorava em seu quarto, perguntando a Deus o porquê de tal fatalidade, quando havia tanta falta de missionários. Aquela jovem encontrara Jesus em seu quarto sete meses antes, depois de ler a Bíblia por três anos, devido à fome que tinha de Deus. Margarida, chamada pelo apelido de “Caíta,” que era professora no Colégio Batista de Tocantínia, TO, decidira investir nela e estava pagando seus estudos naquele Colégio. Sua mãe, uma viúva que era sua parenta, concordara em receber tal oferta sob promessa de que nunca falaria de religião com ela. A promessa foi cumprida, mas Caíta fez da conversão da adolescente um alvo de oração das jovens que viviam no internato, enquanto tratava a menina com todo amor.

A notícia da morte de “tia Caíta” chegou como um choque violento para a menina que a ela se apegara. Refugiou-se, então, em oração, chorando diante do Senhor. De repente ouviu uma voz clara em seu interior: “Um soldado caiu no meio da batalha; quem o substituirá?” Sem hesitar, ela prontamente respondeu: “eu.”

Um ano depois a menina estava no Seminário de Educadores Cristãos, em Recife, onde viveu e estudou por seis anos, sendo preparada para responder ao chamado. Depois disto, aos 23 anos, foi enviada para Moçambique como a primeira missionária da Convenção Batista Brasileira à África. Quando o regime comunista assumiu o comando da nação, em 1974, ela se tornou o único missionário evangélico a permanecer no país por quase uma década.

Uma paixão pelo treinamento de líderes apoderou-se do seu coração desde o início. Ela adotou um ministério com um tríplice lema: Regeneração, Santificação e Ministério, para expressar a visão:

Levar o perdido a uma experiência de verdadeira regeneração; Conduzir o regenerado a uma vida de santificação, buscando a semelhança de Jesus e Treinar o discípulo para a obra do ministério.

Consequentemente, a maior parte de seu tempo era dedicada a uma Escola Bíblica, plantar igrejas e formar pastores, ainda que em uma escala pequena, enfrentando as restrições de um regime comunista, inclusive o fechamento de templos.

A missionária, em meio a uma experiência sobrenatural, renunciou à Junta a qual servira por treze anos em Moçambique e, obedecendo a uma palavra expressa do Senhor, foi para a África do Sul onde, por dois anos, passou por profundas experiências com Deus, culminando com um chamado sobrenatural de volta ao Brasil. Aquela missionária é, pelo comando do Espírito Santo, a “fundadora” e presidente da INSEJEC: Valnice Milhomens Coelho, nascida em Carolina-MA, em 16.07.1947, criada em Tocantínia-TO e treinada em Recife-PE. A história da INSEJEC está intimamente ligada à sua própria vida e chamado.

Um Chamado e um Comando

Em 1984, depois de servir como missionária por 14 anos em África, Valnice teve um encontro sobrenatural com Deus, quando atravessava um período de prova. O Senhor a levara por um caminho de renúncia a tudo, então, precioso para ela, inclusive à Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Basileira, de quem se sentia propriedade. Vivia por um tempo na África do Sul, por comando Divino, buscando-O com intensidade, desconhecendo qual o próximo passo a seguir. Era tempo de silêncio e reflexão. Tempo de deserto.

Em um retiro pessoal, num jejum de 14 dias, depois de estar orando em línguas por cinco horas seguidas, enquanto ouvia a leitura do Novo Testamento em cassete, escutou a suave voz do Espírito, dizendo: “Quero falar contigo em Ezequiel 3.” Leu o capítulo. “Eu te envio a um povo de língua familiar…” dizia a versão usada. Brasil? Não podia ser. Uma nação de língua inglesa em África? Teria que ser África. Brasil? Nunca! Desde que renunciara à Junta mantivera silêncio absoluto. Não queria constranger a ninguém. Passara por profunda revolução teológica e a última coisa no mundo seria regressar ao Brasil. África era sua paixão e as portas estavam escancaradas. Com todos esses conflitos guardou a experiência daqueles dias, sem discerni-la inteiramente.

Meses depois, participava de uma Escola de Ministério com Morris Cerullo e sua equipe, acampada num trailer emprestado, perto do auditório, em Pretória. Era uma quinta-feira e dera uma oferta de todo dinheiro disponível. No dia seguinte todos seriam ungidos e deveriam observar um jejum. O pastor declarara: “Amanhã será o vosso funeral.” Conta: “Entendi a mensagem. O passado ficaria para trás e um novo começo teria lugar. Tomo, portanto, um tempo para balanço, já no trailer. Encaro-me no espelho e falo comigo mesma em voz alta: ‘Valnice, esta é sua última noite. Vire a página (movendo as mãos como quem vira a página de um livro) e esqueça seu passado de sucessos ou fracassos. Amanhã será um novo dia.’ Vasculho minha vida para ver o que mais precisaria renunciar. Nada encontro. Ajoelho-me ao pé da cama e faço uma oração curta, porém intensa, em profunda rendição: ‘Senhor, vazia vou para meu funeral; não sei mais o que Te dar; Tu sabes que tens tudo que queres de mim.’

No dia seguinte levanto-me, ajoelho-me ao pé da cama do trailer e faço a mesma oração. Estava em tal quebrantamento na reunião, que as lágrimas banhavam-me o rosto por horas. Colocando-me na fila para ser ungida, repentinamente a presença do Espírito Santo me envolveu de modo quase tangível. Sem forças nas pernas, caí com o rosto em terra. Aquela era a experiência mais assombrosa em minha vida. Não sabia se havia sido arrebatada ao céu ou se Deus descera. Imóvel sobre meu rosto, um curto diálogo com Deus, durante um tempo razoável, teve lugar. A partir daquele momento, ocorreu uma revolução em minha vida.

– “Estás pronta agora?” O Senhor pergunta.
– “O quê?” É minha resposta.
– “Estás pronta agora?” A pergunta é repetida.
– “Para quê?” Pergunto em temor.
– “Para ires para o Brasil?”

Em surpresa, não aventuro dizer uma palavra. Estava chocada! A última coisa que gostaria de fazer seria regressar ao Brasil. Renunciara a Junta, era bem conhecida da denominação, sabia da revolução que havia provado, detestando confrontação e preferindo sair do caminho, mantinha silêncio e esperava nunca mais voltar. O que dizer agora? Depois de um tempo, que me pareceu uma eternidade, quando me sentia face a face com Deus em grande temor, sem saber o que dizer, ainda imóvel, ouço novamente Sua voz:

– “Tenho um ministério para ti no Brasil. Treina-me um exército.”
– “Eu?!” Penso de relance em minha condição de mulher, solteira… como poderia sobreviver? Mas depois de muito tempo aventuro uma única pergunta:
– “Quando?” A resposta é imediata:
– “Próximo ano. Teu tempo na África do Sul é de treinamento e Eu ainda não completei o que tenho que fazer em ti.”

Depois de um tempo, cambaleio de volta ao meu lugar. À noite, já no trailer, em silêncio e sob impacto, novamente a palavra do Senhor vem a mim, dizendo:

– “Qual o peso do teu coração quando estavas no Seminário?”
– “Avivamento,” respondi.
– “É verdade. Tirei-te do Brasil, deixei-te sozinha em Moçambique, para treinar-te e enviar-te de volta!”

Estou surpresa! Seis anos no Seminário, quinze em missões na África, só para treinamento?! Estou muda e por dias permaneço sob o impacto desta experiência singular.

Os Primeiros passos do Ministério no Brasil

De volta ao Brasil, em dezembro de 1985, de acordo com a palavra do Espírito Santo, Valnice foi diretamente para um retiro pessoal de jejum e oração, em um sítio, perto de Goiânia, por 30 dias. Lá recebeu direção para os primeiros passos a dar e os primeiros comandos, aos quais obedeceu inteiramente. Pelos próximos sete anos, sua vida seguiu um padrão: Quase todas as semanas em uma diferente cidade, de um quarto de oração para um púlpito, ministrando, no poder do Espírito Santo, às multidões.

Surgindo a necessidade de estruturar seu ministério, nasceu em 05 de dezembro de 1987 o Ministério Palavra da Fé, com sede em Recife, PE. Em 24 de junho de 1989 o ministério de Televisão teve início, com uma hora de programa, aos sábados pela manhã, pela Rede Bandeirantes. Pr. Flávio Grassano, empresário paulista, foi o instrumento de Deus para que tal acorresse, por Sua direção. Milhões, pela graça de Deus, em toda a nação, foram alcançados. Os seminários se tornaram a matéria-prima para os programas e o poder e presença de Deus invadiram casas, salvando, libertando, curando e restaurando. Ao mesmo tempo foi mobilizado um “exército” de dez mil intercessores que entraram em um período ininterrupto de sete anos de jejum, em rodízio, pela redenção do Brasil, profetizando sobre a nação Joel 2:24,26.

Começando uma Igreja Local

Valnice conta: “No meio daquele avivamento, o Senhor dirigiu-nos a iniciar uma Igreja local, algo contra o que lutei. Portanto, a resposta àquele chamado foi difícil, mas o ‘sim’ veio em uma experiência surpreendente e uma clara direção. ‘A visão da redenção do Brasil só será cumprida pela Igreja!’ […] ‘O que farás com os líderes que Eu estou enviando a ti?’ A princípio não compreendia, porém, devido a um pacto com Deus de sempre obedecê-lO, sem nunca questioná-lO, a Igreja local nasceu com uma forte visão voltada para a redenção da nação e um chamado de volta ao espírito da Igreja em Jerusalém. Isto é, onde o Espírito Santo estava no comando e era seguido, a Palavra de Deus era obedecida, e todo discípulo era um leito através do qual a graça redentora de Cristo alcançava sua geração.”

A Igreja nasceu, espiritualmente, em 28 de março de 1994, em São José dos Campos, SP, na sede do Ministério Palavra da Fé, com doze membros, debaixo de uma Palavra do Espírito Santo. Aconteceu à Mesa do Senhor, depois de batizar dois alunos de um Seminário católico, alcançados pelo ministério de televisão. Nada fora programado. Em 20 de junho, a Igreja era organizada como uma personalidade jurídica, com discípulos de diferentes cidades, uma vez que os representantes do Ministério Palavra da Fé se tornaram parte dela. Por causa disto, várias congregações surgiram em diversas cidades, o que trouxe um grande desafio de treinamento de liderança.

Três Períodos

Primeiro Período:
A história da Igreja pode ser dividida em três períodos. Nos primeiros quatro anos, foram concentrados esforços no treinamento teológico dos pastores. Durante este período a Igreja manteve uma estrutura muito simples, principalmente baseada em ensino e pregação, oração, adoração, jejum pela nação, movimento de oração para a redenção do Brasil e ministério na Televisão.

Segundo Período:
Depois de muita oração, sendo convencidos de que a Igreja em células tem a melhor estrutura para o crescimento de igreja, Valnice dedicou os seis anos seguintes pesquisando, traduzindo materiais e treinando pastores de diferentes denominações no modelo celular de Bogotá (G 12). A razão para tanto era a firme convicção de que esta estratégia é uma poderosa ferramenta para equipar o Corpo de Cristo a fim de alcançar a presente geração com o Evangelho. Formando o caráter, através do discipulado de líderes, em pequenos grupos (máximo 12) e evangelizando através de células abertas.

Terceiro Período:
O terceiro período veio com uma profunda análise da Igreja, em todas as suas áreas, resultando num projeto de mudança de estrutura, em que se empenhou inteiramente a fim de formar uma federação de Igrejas locais administrativamente autônomas, trabalhando seus Estatutos e Regimentos Internos. Paralelamente, sentindo a necessidade de maior treinamento a fim de cumprir sua vocação de formar líderes, completou um mestrado em Liderança Organizacional, pela Azusa Pacific University (EUA), escrevendo todos os projetos do mestrado voltados para a Igreja. Em um ano sabático, nos Estados Unidos, escreveu sua tese de doutorado em Teologia, pela Latin University of Theology (CA), expandindo o trabalho final do mestrado em liderança. De todo esse trabalho acadêmico, nasceu a tese, que é a base da eclesiologia da INSEJEC: “A Igreja de Jesus Cristo: Sua Natureza, Missão, Estrutura e Liderança.” Em síntese,

     - A Natureza da Igreja se encontra em Seu Fundador. Ela é a extensão do Seu caráter e de Sua missão.
     - A Missão da Igreja é a do próprio Cristo: “Buscar e salvar o perdido.” Em outras palavras, formar discípulos de Cristo.
     - Sua Estrutura é desenvolvida no templo e nas casas, oferecendo um ambiente propício a formar o caráter de Cristo nos discípulos e equipá-los para a realização da missão.
     - Sua Liderança tem a de Cristo como modelo: Liderança servidora.